Afinal, o cigarro eletrônico faz mal à saúde ou não?
Usado principalmente pelos jovens, ele desperta uma onda de preocupações em especialistas. Saiba mais sobre o cigarro eletrônico!
O que é o cigarro eletrônico?
Primeiramente, o cigarro eletrônico, também conhecido como vape, caneta, juul, e-cigarete e smok, é um dispositivo que funciona através de uma bateria. Nela, há um concentrado de nicotina com outras substâncias - por exemplo, água, aromatizantes, glicerina e propilenoglicol. Ao contrário dos cigarros comuns, os eletrônicos possuem aroma e sabor mais agradáveis.
Tais características unidas a afirmações sem embasamento científico, como a de que o produto ajudaria fumantes a largarem o vício, levaram muitas pessoas a acreditarem que ele não apresenta malefícios à saúde.
Inclusive, boa parte dos usuários pensa não haver nicotina em sua composição. Todavia, a diferença é que, no cigarro comum, essa droga é obtida pela combustão do tabaco, enquanto nos eletrônicos ela surge com a vaporização dos componentes mencionados acima.
Os efeitos da nicotina
Uma vez que a nicotina continua presente no cigarro eletrônico, seus usuários são impactados negativamente pelos efeitos que ela causa no organismo.
Sem dúvida, um dos malefícios mais conhecidos é o seu poder viciante. Além disso, por ser classificada como um vasoconstritor, prejudica a saúde do pulmão.
Ao mesmo tempo, as outras substâncias do cigarro eletrônico podem provocar:
✔ Dermatite pulmonar
✔ Enfisema pulmonar
✔ Problemas cardiovasculares
✔ Câncer de pulmão
Outros riscos associados ao cigarro eletrônico
Não apenas a nicotina representa um problema para os usuários de cigarro eletrônico, como também seu solvente. Afinal, ao ser aquecido numa temperatura superior a 150 ºC, libera 10 vezes mais formaldeído, um componente cancerígeno, quando comparado ao cigarro tradicional.
Aliás, em 2019 foi detectada pela primeira vez uma doença pulmonar associada ao uso desses dispositivos. Alcunhada como EVALI (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury), ela provém do acetato de vitamina E usado nos vapes.
Por fim, há várias ocorrências registradas de explosão dos cigarros eletrônicos durante o uso. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer) e com o Ministério da Saúde, casos de danos físicos e materiais associados às baterias já foram documentados.
Diante da falta de estudos que comprovem a segurança na utilização dos cigarros eletrônicos, a comercialização deles foi vetada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2009.
Sintomas de alerta
Só para ilustrar, nos Estados Unidos houve um número crescente de pacientes que usam o cigarro eletrônico, manifestando febre alta, dor no peito e dificuldade para respirar. Aliás, uma síndrome respiratória desconhecida levou a óbito 12 usuários em pouco menos de um mês.
Por isso, os médicos apresentam preocupação crescente em relação ao uso dos dispositivos, além de alertarem a população para os sintomas da EVALI, que incluem: falta de ar; tosse; febre; tontura; diarreia; fadiga excessiva; palpitação; dor de estômago e no peito; e vômito.
Costuma usar cigarros eletrônicos e tem medo desse hábito ter afetado a saúde do seu pulmão?
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